Do Site http://www.magicwebdesign.com.br/waters/solo_txt.htm
"Um fantástico letrista, líder e cabeça criativa por trás do antigo Pink Floyd, Roger Waters é um músico profundamente envolvido com os problemas e questões do mundo atual e da política global. Extremamente criativo, é um dos melhores artistas da atualidade, e tem se superado a cada trabalho.
Antes da separação oficial do Pink Floyd, que iria ocorrer em 1985, Roger Waters já lançava seu primeiro álbum solo, "The Pros and Cons of Hitch Hiking", em 1984. Álbum este que havia sido escrito durante a turnê "In the Flesh" (ocorrida após o álbum "Animals") e rejeitado pelo resto do grupo para gravação dentro do Pink Floyd por ser considerado muito pessoal. E realmente era.
Pros and Cons é um álbum melodicamente muito bonito, com participação especial de Eric Clapton, que produziu solos de guitarra brilhantes pontuando todas as músicas. A turnê de Pros and Cons não foi tão bem sucedida quanto Waters pensava, e vários shows foram cancelados. No entanto, trata-se um álbum brilhante, embora difícil de ser entendido, que fala de sonhos, medos e conflitos.
O próximo álbum de Waters foi uma trilha sonora para o filme "When the Wind Blows", que fala sobre a ameaça nuclear. Este possui algumas canções bem interessantes de crítica ao capitalismo e interesse petrolífero ocidental, com participação de David Bowie.
Em 1987, Roger lançaria o álbum "Radio K.A.O.S", com um tema bastante típico de Waters, que teria continuidade no seu último álbum "Amused to Death", ou seja, o teatro e a encenação da política moderna.
KAOS foi um álbum mais artificial e "correto" do que outros álbuns de Waters, as melodias mais certinhas, menos músicas (somente oito), sendo que a última música está um pouco destacada do conceito do resto do álbum, embora não perca a relação ("The Tide is Turning"). Roger mesmo admitiu posteriormente, em entrevistas, que utilizou recursos e técnicas neste álbum que deveria ter deixado longe do seu estilo de trabalho, mas ainda assim o álbum tem excelentes melodias e vale a pena ser ouvido.
m 1990, Waters realizou o mega-evento "The Wall – Live in Berlin", após a queda do muro de Berlim. Apesar de bem sucedido, o show foi um mix de erros de todos os tipos, até mesmo por reunir diferentes artistas de todos os gêneros. Waters comentou que muitos artistas convidados recusaram-se a participar sabendo que outros artistas pelos quais nutriam antipatia estariam participando do show. Por fim, Sinead O'Connor foi bastante criticada pela sua interpretação bastante pessoal de "Mother", e até hoje seu nome não é muito bem aceito por Waters (nem por seus fãs). Toda a renda originada pelo show e pela venda de CDs e vídeos até hoje são direcionados para o fundo "The Memorial Fund for Disaster Relief", que ajuda vítimas da guerra.
O último álbum original de Waters foi o fantástico "Amused to Death", lançado em Setembro de 1992, e imediatamente classificado por Waters como estando no mesmo nível de "The Wall" e "The Dark Side of the Moon". Novamente, o álbum não teve sucesso suficiente para desencadear outra turnê, porém aqueles felizardos que se dispuserem a ouvir e analizar com atenção este trabalho, concluirão estar diante do melhor álbum já feito por Waters desde que deixou Pink Floyd, tanto em letras como em melodias. O álbum é realmente único e especial, e lembra bastante o antigo Pink Floyd. O tema de todo o álbum gira ao redor de problemas da atualidade, política e de como estamos "nos divertindo até a morte" de tanto nos alienarmos e consumirmos os recursos do nosso planeta.
Finalmente, Waters inicia no meio de 1999, nova turnê "In the Flesh", após 12 anos de ausência, e ao final de 2000 lança o CD "In the Flesh - Live", um álbum duplo que reflete os melhores momentos deste tão esperado tour. Este álbum não se trata de um trabalho novo, mas sim de uma gravação ao vivo de suas principais canções, desde os tempos de Pink Floyd passando pelos solos "The Pros and Cons of Hitch Hiking" and "Amused to Death". A única canção inédita deste álbum é "Each Small Candle", que fala das guerras modernas (Sérvia, Albânia) e de esperança na humanidade. Em muitos aspectos, remete à "The Tide is Turning" quanto à temática.
bservação: apesar de serem álbuns do Pink Floyd, "The Wall" e "The Final Cut" (principalmente este último) são trabalhos extremamente introspectivos que nos dão uma idéia de qual caminho Waters iria trilhar em seus futuros álbuns. "The Wall" fala da vida toda de Waters, seus problemas com seu pai, sua mãe, com as drogas, com os shows. Já "The Final Cut", embora considerado por muitos como depressivo, é um álbum muito belo, inteiramente escrito para homenagear seu pai, Eric Fletcher Waters, e sua morte na guerra.
Enquanto fãs do antigo Pink Floyd, de "Meddle", "Animals", "Wish You Were Here" e "The Dark Side of the Moon" podem ainda gostar do atual Floyd sem Waters, os fãs que realmente apreciam "The Wall" e mesmo "The Final Cut", irão sem dúvida se deleitar com os trabalhos solos de Waters. De fato, para este site, conceitualmente falando, iremos considerar 5 álbuns como reais trabalhos solos completos de Waters, ou seja, constituem obras com início, meio e fim:
![]() | The Wall |
![]() | The Final Cut |
![]() | The Pros and Cons of Hitch Hiking |
![]() | Radio K.A.O.S. |
![]() | Amused to Death |
Dos seus CDs solos, "When the Wind Blows" é uma trilha sonora que possui poucas músicas inéditas, enquanto que "Music from the Body" é um trabalho de gosto duvidoso e não muito convidativo, gravado por Waters juntamente com Ron Geesin em 1970. Outros álbuns mais recentes são compilações de antigos trabalhos, trazendo uma ou outra canção inédita."